domingo, 4 de outubro de 2009

Quase na hora da FLIMT

Até o sábado (10/10) a Feira proporcionará aos visitantes a oportunidade de entrar em contato com as diferentes etnias indígenas do país

Da Redação

O maior evento literário do Estado já está com quase tudo pronto para começar. A Feira do Livro Indígena de Mato Grosso (FLIMT) abre as portas para o público na terça-feira, 6 de outubro, a partir das 8h30.

Na abertura uma cerimônia espiritual indígena, acompanhada por danças, lançamento da Declaração das Nações Unidas sobre os direitos dos povos indígenas e o lançamento do Programa Cinemais Cultural.

À noite, apresentação da Orquestra do Estado de Mato Grosso e apresentação de dança indígena. Também será lançada a Academia dos Saberes Indígenas, similar à Academia de letras, que valoriza o conhecimento tradicional não só escrito, mas também oral.

Até o sábado 10 de outubro, a Feira proporcionará aos visitantes a oportunidade de entrar em contato com as diferentes etnias indígenas existentes no país, através de atividades como contação de histórias, pintura corporal e lançamento de obras, sendo algumas com preço promocional. Palestras e oficinas enriquecem a proposta. Todas as atividades serão gratuitas. A feira começa no dia 6 e segue até de 10 de outubro na Praça da República e no estacionamento do Palácio da Instrução em Cuiabá.



FLIMT terá Caxiri literário

Entre os destaques os “Caxiris Literários”, mesas de debates compostas apenas por escritores indígenas que servem para a discussão de temas ligados à área da literatura. Os “Caxiris” serão abertos ao público e, depois de cada debate, os componentes de cada mesa responderão aos questionamentos dos participantes.

Segundo Daniel Munduruku, coordenador indígena da FLIMT e diretor presidente do Instituto Indígena Brasileiro para Propriedade Intelectual (INBRAPI), essas mesas têm temas variados, mas sempre debatendo sobre como a cultura indígena pode e deve ser tratada. “Nós falaremos sempre sobre assuntos ligados ao indígena. Trataremos da oralidade, da escrita, do movimento indígena na educação e de como ele pode ser aplicado na sala de aula. Os três “caxiris” serão norteados por esses assuntos”, explica.

A organização espera que cada mesa tenha em média duas horas de duração. “Cada escritor que estiver escalado para o “caxiri” terá vinte minutos para expor seu posicionamento sobre o tema em questão. Depois, o público poderá questionar os escritores”, descreve Daniel. Para participar basta estar no local, trinta minutos das atividades.

A primeira mesa será na terça-feira (06.10), às 15h, e trará o tema: “Literatura Indígena: o tênue fio entre escrita e oralidade”. Participam: Graça Graúna, Manoel Moura Tucano, Eliane Potiguara, Yaguarê Yamã e Anna Claudia Ramos. A mesa será mediada por Daniel Munduruku, que também é escritor.

Na quinta-feira (08.10) o “caxiri” debate “O Movimento Indígena e a Educação”, a partir das 9h da manhã. Fazendo considerações sobre “A importância do movimento indígena como instrumento na formação da consciência brasileira”. Participam os expositores Ailton Krenak, Estevão Taukane e Álvaro Tukano, mediados por Darlene Taukane.

O último debate está agendado para sexta-feira (09.10), às 14h30 com os expositores Edson Kayapó, Darlene Taukane e Chiquinha Paresi. O tema será “A temática indígena na Sala de Aula” e terá como mediador Jucélio Paresi.



Seminário de bibliotecas

Apresentar o lugar da leitura na sociedade da informação é um dos objetivos do Seminário de Bibliotecas Públicas que será realizada na próxima terça-feira (06.10). O evento vem debater as ações relacionadas às bibliotecas públicas, dos governos Federal, estadual, municipais, propondo alternativas de desenvolvimento e o papel que deve desempenhar no contexto sócio-cultural.

As palestras serão ministradas pela diretora de Livro e Literatura do Ministério da Cultura (MinC), Suzete Nunes, apresentando detalhes do programa Mais Cultura. Já a Fundação da Biblioteca Nacional terá a coordenadora do Sistema Nacional de Bibliotecas, falando da visão administrativa em MT e detalhes do programa Livro Aberto.

Entre outras instituições e órgãos presentes, teremos o secretário de Cultura do Estado, Paulo Pitaluga, representante da Unesco, coordenador do Setor de Comunicação e Informação da Unesco Brasil, Guilherme Canela, finalizando o palestrante do Conselho Regional de Biblioteconomia, o presidente da instituição, Arlon de Morais Lima.

No início da tarde será a mesa redonda, com exibição das ações e projetos das bibliotecas no Mato Grosso. Nos dias 7, 8 e 9 de outubro serão realizadas oficinas para agentes de bibliotecas públicas já convocados, com a intenção de qualificá-los melhor. “Queremos tornar os espaços prazerosos, com conforto para os visitantes. Mais dinâmico com atividades pedagógicas e culturais. Oferecer o acesso ao teatro, à internet e à oportunidade de leitura”, disse a secretaria de Sistema Estadual de Bibliotecas Públicas de Mato Grosso, Salime Daige Marques.

(Com Assessoria)

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