Festival indígena recebe 150 visitantes neste domingo (25).
Governo estadual planeja criar roteiro turístico em reservas.
Um dos projetos pioneiros é o festival do povo yawanawá, que começa neste domingo (25). Para a festa, que celebra seus costumes tradicionais, os índios fizeram uma parceria com uma agência de turismo da região, que vendeu pacotes para a participação na celebração.
Nesta edição do festival, turistas foram limitados a 150. O pacote turístico, de uma semana, custou R$ 1.200 e incluiu alimentação e hospedagem na aldeia. (Foto: Sérgio Vale-Governo do Acre/Divulgação)
O governo apoia a iniciativa, que gera renda para a aldeia e movimenta a economia local. “Nos primeiros festivais o governo era o patrocinador integral. Nos últimos três anos, começamos a fazer o apoio técnico, e houve um fortalecimento da organização indígena”, afirma Cassiano marques, secretário de Turismo. Segundo ele, a operação é centralizada pela agência de turismo, que remunera os índios por cada serviço prestado, como o fornecimento de transporte, hospedagem e alimentação.
De acordo com Marques, a presença de turistas não distorce a tradição indígena, como ocorre em alguns outros pontos da Amazônia, em que vestimentas, danças e cantos são exibidos apenas para agradar os visitantes. “No caso do Acre, não existe a folclorização das culturas indígenas”, afirma.
Segundo secretário de turismo do Acre, tradições indígenas são mantidas, e não há vestimentas ou tradições preparadas apenas para turistas verem. (Foto: Sérgio Vale-Governo do Acre/Divulgação)
Para chegar à Terra Indígena Rio Gregório, onde moram os yawanawás, é necessário partir por terra de Cruzeiro do Sul, no extremo oeste do estado, e andar até as margens do rio que batiza a reserva. De lá, são oito horas de barco pela mata intacta até chegar à aldeia Nova Esperança, onde ocorrem as festas.
Para chegar à aldeia Nova Esperança, visitante tem de enfrentar oito horas de barco no Rio Gregório, dentro da floresta. (Foto: Sérgio Vale-Governo do Acre/Divulgação)
Roteiro indígena
Para ampliar o turismo nas aldeias, Marques planeja criar um roteiro turístico batizado de “Caminho das Aldeias e da Biodiversidade”, cujo principal atrativo será a visita a seis povos indígenas, que já estão sendo preparados para saber lidar com os visitantes.
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