A visita oficial do ministro dos Esportes Orlando Silva durou menos de duas horas em Paragominas, sudeste do estado, que sedia a décima edição dos Jogos dos Povos Indígenas.
Ele foi recebido por uma comitiva formada pelo prefeito de Paragominas Adnan Demackhi, pelo secretário de Esportes do Estado Jorge Panzera e por Carlos Terena, coordenador e um dos idealizadores dos jogos.
Orlando Silva foi recepcionado por diversas etnias, que realizaram rituais de boas vindas. A primeira foi a Karajá, que homenageou o ministro com um cocar. Em seguida, foi a vez da escola de música “Professor Daniel Nascimento” fazer apresentações em ritmo de calipso.
Na Vila Olímpica construída especialmente para abrigar cerca de 1.300 índios de 33 etnias, o ministro Orlando Silva foi recebido pelos Terenas, com rituais que, segundo os indígenas, eram de boas vindas.
Já na arena, Carlos Terena, coordenador dos jogos, entregou para Orlando Silva um documento pedindo que nas Olimpíadas de 2016 fossem realizadas tendo como tema a cultura indígena, o que passaria uma imagem de preocupação com preservação da cultura dos povos indígenas e da natureza.
“Entregamos, oficialmente, o documento que dizia: queremos mostrar a força ambiental do Brasil. Queremos realizar também as Olimpíadas Verdes, aquele documento foi assinado pelo Comitê Intertribal e mais 34 etnias”.
Jorge Panzera representou a governadora Ana Júlia Carepa, e pediu desculpas em nome da chefe do Executivo estadual, que não pôde comparecer por ainda estar se recuperando de uma cirurgia realizada na semana passada.
Para Orlando Silva, o Brasil tem condições de realizar a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016 usando como tema a cultura indígena. Pois, vários países já aproveitaram esses momentos para mostrar suas culturas.
“O Brasil vem dando provas disso ao conseguir reunir cerca de 1.300 índios. Isso é força, é união!”, disse o ministro, que após o discurso embarcou para Belém. Hoje, Orlando Silva participará da posse do novo secretário de Estado de Esportes, Jorge Panzera.
ELIMINATÓRIAS
O público acompanhou ontem o andamento de algumas competições. O destaque foi a realização de eliminatórias das provas de arco e flecha e da corda.
Para Sarô Assurini, 28 anos, da etnia Assurini, do Pará, o índio vem conquistando seu espaço no mundo dos brancos. “Vejo nossos ancestrais, os mais velhos sempre nos dizem que não tinham contato com brancos”, comentou.
“Hoje isso mudou. Esses são os décimos jogos que acompanho e tenho contato com a população urbana. Diferente do que as pessoas pensam, índio também tem seu espaço na sociedade dos brancos”, disse o índio, que está competindo na modalidade arco e flecha. Sarô participou de todos os Jogos dos Povos Indígenas. (Diário do Pará)
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