Da Redação
Na próxima segunda-feira (02.08) começa a VIII etapa presencial do Projeto Haiyô, com duração de cinco semanas, em cinco polos do Estado, reunindo um total de 298 alunos. O Haiyô, formação de professores indígenas para o magistério intercultural, está inserido na política de formação e de respeito aos povos indígenas implementada em Mato Grosso, de forma pioneira, ao longo dos últimos anos.
Em agosto o Haiyô estará nos polos de Sangradouro município de General Carneiro (Escola Estadual Indígena São Jose do Sangradouro), Juína (Escola Estadual “Antônio Francisco Lisboa”), Campinápolis (Escola Estadual Indígena Rai’Rãte) e Médio Xingu (Escola Estadual Indígena “Ikpeng”). De 1 a 30 setembro será a vez do Alto Xingu (Escola Estadual Indígena “Leonardo Villas Boas”).
Ao todo participam 31 etnias, entre Arara, Cinta Larga, Zoró, Tapirapé, Karajá, Myky, Guató, Chiquitano, Kayabi, Paresi, Irantxe, Munduruku, Apiaká, Rikbaktsa, Xavante, Bororo, Nambikwara, Kuikuro, Kalapalo, Nafukua, Matipu,Meinako, Waura, Kamaiurá, Yawalapiti, Awiti, Ikipeng, Trumai, Suiá, Matipu e Trumai.
O projeto inserido no Estado de Mato Grosso desponta no Brasil e no mundo por ser essencialmente marcado pela diversidade étnica e cultural. É um Estado multiétnico e multilingue, sendo o segundo em número de povos indígenas no país. São 42 povos e uma população de 35.000 índios; 33 línguas distintas pertencentes aos troncos lingüísticos Macro-jê,Tupi, Aruak e Karib, além de povos de línguas isoladas.
Dos 141 municípios estaduais, 45 incluem terras indígenas. Os Povos que vivem em Mato Grosso tornam o Estado peculiar em riquezas de culturas, línguas, costumes, tradições, valores, conhecimentos e organização social. Diante desta realidade, a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) acredita ser imprescindível a implantação do programa de formação de professores para o magistério intercultural. “Por meio dele se consolida uma educação escolar que contribua para a efetivação dos direitos educacionais dos povos indígenas e para a oferta de ensino de qualidade nas comunidades indígenas”, destaca a coordenadora do projeto, Letícia Antonia de Queiroz.
O curso específico para a Formação de Professores indígenas em Mato Grosso é referência para iniciativas em outros Estados brasileiros. A proposta do Haiyô é habilitar para a docência da Educação Infantil, 1º e 2º ciclos, professores indígenas, beneficiando assim mais de 9.500 alunos nas escolas das aldeias, que já atuam em sala de aula. Haiyô é uma palavra afirmativa de origem Nambikwara que significa “bom”, “muito bom”, “quero aprender” , informa o professor nambikwara, Mané Manduca. (com coordenação indígena).
Fonte: O Documento
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